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19 de janeiro de 2006

A mulher ideal sem um ideal

Ela já fez cirurgia plástica em tudo quanto é lugar, apesar de ter nascido bonita e ainda ser jovem. Sabe tudo de maguiagem, "estética", tratamento de beleza... Não consegue mais lembrar da cor original do cabelo e nem quer se lembrar mais da forma original de seu corpo. Frankenstein é um meio do qual Afrodite é o fim.(?) Nem tudo porém é plástica, silicone é outra coisa. Cai sempre no assunto "ela mesma" mas não cai em si. Domina o assunto perfume, banho nem tanto. A moda é o único Deus e o outdoor é seu profeta. Conhece os caminhos apenas pelas vitrines. Ela adooora roupas. Coleciona sapatos. Gasta em bolsas o que embolsa. Precisa das dicas das revistas como das próprias vistas. Especialista em pele, ph.D em ficar pelada. Tratamentos não tratam a mente. Usa cremes, freme o tempo que teme; lambusada, é a musa do que usa. Não aparenta o que aprecia, aprecia a aparência. Carros grandes ornam com suas pequeninas sobrancelhas; diamantes verdadeiros combinam com seus cílios falsos. Ela faz regimes para compensar o peso que adquire com as jóias. Unhas são um capítulo a parte em sua vida. É ela mesma sua mais cara máscara.