Páginas

6 de agosto de 2007

Era


O tempo da ação do tempo
Sempre leva uma eternidade
Mas já nuncamente jamais

O livro mofa
sobre o assoalho estalando
O portão enferruja
em meio à parede descascando

Ainda um dia quem sabe
Chega-se de novo a antiga idade
História juvenil da impermanência

A fruta apodrece
como o pão embolorando
A faca desfia
pelo relógio atrasando

Esquecendo a memória
A desatualizar o contemporâneo
Desempilhamos as épocas