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21 de maio de 2008

Tormental


um octaédrico polvo de nanquim com angulosas ventosas flexíveis se revira pelo avesso e com oito tentáculos tenta cálculos boiando nas espumas do papel onde conheço bem aquela peça que é o dramaturgo com seus redivivos espasmos em demiurgos reflexos nos sete mares se temores e mortes que decuplicam o céu que se precipita sobre um molock moribundo mor de noite e de norte a sul se suicida até as margens e rodapés de praia e página que a vela qual farol de ébrios leitores à deriva no tempo e espaço insanos como torre que são com relógio e bandeira e janelas fechadas a que de onda as sondas abarcam sem esperança escafandrista ou tormentas de mar e mótuos na alba atroz da destruição em seus fumos de nau frágil estilhaçada no atol de ilhas palavras iodadas que roca maior como rei atlântida no azul submarino do núcleo em alto martirizar os prósperos sereiais de cantos e horas de areia sem com ventos a.a. soprar cascos chagados de cruz-maltados etílicos corsários adivinhos do porto advindos com cardumes de mandíbulas nadadoras a rodear o sangue cheirando a ouro negro na calmaria coagulada da procela marinada de oceano e tudo mais que pretobrás num fechar e abrir de olhos de cara de cabeça de bacalhau se puder pescar