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27 de maio de 2010

Soneto Velado



para Voré


No início era a treva analfabeta
Superada já nasce a vanguarda futura
É passado o tempo da ampulheta
Jaz no mim dos centos tal literatura

Necrópole ou biotério?
Morra pela hipérbole!
Biotério ou necrópole?
Viva pelo cemitério!

Viuvez menos marmórea seria matar
Frieza mais letárgica será enterrar
Morbidez menos mortal seria profanar
Certeza mais incorpórea será ressuscitar
Palidez menos trágica seria assombrar
Beleza mais abismal será epitafiar