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16 de dezembro de 2006

10 de dezembro de 2006

Ordinal

1002ª noite árabe
366º dia do ano
361º grau do círculo
301º espartano
121º dia de sodomita
61º minuto da hora
61º segundo do minuto
51º estado estadunidense
33º dente
27º estado nacional
27ª letra do alfabeto
25ª hora do dia
21º dedo
21º cigarro do maço
13º signo zodiacal
13º mês do ano
13º apóstolo
13ª unidade da dúzia
11º mandamento cristão
11º conto decamerão
9º planeta
8º dia da semana
8º pecado capital
8ª cor do arco-íris
8ª nota musical
6º sentido humano
6ª função orgânica
6ª faculdade psíquica
5ª estação do ano
5º elemento natural
5º lado do quadrado
5º ponto cardeal
4º ângulo do triângulo
4º mundo
4º trópico
4ª pessoa da trindade
3ª guerra mundial
3º olho
3ª face da moeda
3ª moeda ao barqueiro
3ª orelha
3º círculo polar
3º pé
3ª página da folha
3ª mão
2º nascimento
2º coração
2º umbigo
2º órgão genital
2ª boca
2º ânus
2º centro do mundo
2ª lua
2º sol
2ª morte
1ª felicidade

9 de dezembro de 2006

Duchamp e/ou Arte

Um respeitável cidadão francês tentou destruir com marteladas a obra de arte de Marcel Duchamp, exatamente aquela mais conhecida e que mais contribuiu para a fama do autor. Trata-se do mictório feito de louça branca que Duchamp colocou dentro de um museu.
Marcel Duchamp é, antes de tudo, um iconoclasta. Durante todo o tempo dedicou-se a destruir conceitos e a negar o estabelecido, às vezes com ações espalhafatosas, buscando renovar a arte e as formas de pensar. Se Duchamp pode, o cidadão francês de 77 anos também julgou poder destruir conceitos e declarou que as marteladas eram apenas uma intervenção artística e que seu trabalho seria aprovado por Duchamp. É muito possível. O que Marcel Duchamp desejava dizer quando colocou o urinol no museu? Não desejava, decerto, estabelecer novas verdades e conceitos; desejava exatamente questionar a validade dos conceitos e colocar a possibilidade de haver arte em qualquer objeto, desde que assim seja considerado. ...Difícil estabelecer um limite a partir do qual chega-se ou ultrapassa-se o exagero. O fato é que Duchamp contribuiu para o infindável debate entre o que é e o que não é arte. O homem do martelo também pode ser considerado assim. Por que não? Ele já havia mijado na mesma peça em uma exposição anterior e isso mostra que alguma coisa o provocava no tal mictório. Acabou sendo preso mas é certo que muitos artistas considerados geniais e revolucionários foram também completamente incompreendidos.

Duchamp quis "... transformar todas as pequenas manifestações externas de energia, em excesso ou desperdiçadas, como por exemplo... o crescimento dos cabelos ou das unhas, a queda da urina ou das fezes, os movimentos impulsivos do medo, do assombro, do riso, a queda da lágrima, os gestos da mãos, o olhar frio, o ronco ao se dormir, a ejaculação, o vômito, o desmaio, etc".