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15 de março de 2009

A Uns Modernetes Que Ainda Passam

dada era reta e erra retardada
instabilidade globalizada e hiperinformação
assim a época se fez liquidada
progrediu na entropia a crise da representação

não é mais preciso inovar nem mesmo ser algo original
a repetição de formas passadas é não
apenas niilisticamente bem tolerada
dado esse esgotamento e deformação
como até é sedativamente encorajada
por modernolatria impura ou puro desespero cultural

quando o mal de mais um século é hiperbólico
onde a ética é uma estética do hedonismo
talvez por falta de um novo bardo parabólico

vanguardismo enlatado
ou massificado vandalismo
individualismo coletivizado
ou democratizado consumismo
relativismo desproporcionado
ou desacordado surrealismo

quando um sonsicealismo não é tão libertador
onde um capetalismo não é tão diabólico
talvez o fedorismo se desmonstre não ser terror

opera super isso e tal super a quilo supera superficial
ícones incipientes coletivos e sem rosto
incontinenti embalando sem conteúdo
homogeneização das relações e do gosto
tudo é significado e significado é tudo
um hermeneuta poderia fervir de profeta até o sinal

tudo o que é bólido desmancha no mar
temporada tardia contemporânea da minha tarde
defeitos raros rarefeitos para não durar
não se entra duas vezes na mesma modernidade