Devoro as translúcidas horas vãs
como estas minhas unhas de fome
Devoro em desaprumo as calçadas
como estas unhas de um pé direito
Devoro precipitadas jacas moles
como os próprios pés de enfiada
Devoro os erógenos temperos
como mesmo as bolas do saco
Devoro as paisagísticas propagandas
como estes olhos que aterra um dia
Devoro as míticas terras prometeicas
como um fígado e fígado um monte
Devoro tudo o que nada pelas bordas
como a boca-a-boca de água na boca